Trabalhadores promovem “apitaço” contra o corte dos ônibus

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Os empregados da Embrapa, em repúdio a decisão autocrática da empresa que determina a retirada de cinco linhas de transporte a partir de 19 de fevereiro, protestaram em frente à Diretoria Executiva de Administração e Finanças hoje(23) pela manhã. O protesto foi decidido na assembleia geral convocada para tratar da retirada das linhas.

A Chefe do DAP, Mairma Alves de Farias, falou, durante a assembleia, que a medida tomada é fruto de uma política de cortes inevitável, e que vem sendo programada desde 2016. “Não há como manter benefícios aos empregados da sede em detrimento das unidades de pesquisa, que é onde o trabalho acontece” afirmou a analista. Sua colocação, no entanto, foi profundamente rebatida por participantes, que alegaram que não aceitarão decisões autocráticas e não deliberadas com a base.

A comissão de representantes das linhas afetadas, por meio da assessoria jurídica do sindicato, protocolou pedido de esclarecimentos à Embrapa com relação aos dados referentes às linhas de transporte (números de usuários, gastos com a manutenção das linhas, orçamento destinado ao transporte, estudo de viabilidade sobre o corte…) que embasam a decisão imposta pela empresa. A apresentação dos dados é fundamental para que possa haver um amplo debate da real situação do transporte, visto que os diretores se negaram a expor os motivos da decisão de forma clara, deliberada e democrática.


O “apitaço”, que se dirigiu do Sinpaf à sala da diretoria, encontrou portas fechadas, numa clara demonstração de falta de diálogo característica da atual gestão. Cerca de 20 minutos após protestos à porta, representantes da diretora Luciana Gatto(DE/AF) se apresentaram e agendaram uma reunião para a próxima quinta-feira com a comissão representativa e o sindicato.

O Sinpaf Sede está mobilizado a impedir mais esse ataque aos direitos dos empregados. No caso dos ônibus, é evidente que a solução proposta pela Embrapa(manutenção de duas linhas de acesso à rodoviária do plano e de sobradinho) não atenderá à demanda dos trabalhadores, por isso, é essencial que haja debate e deliberação entre empresa e empregados para se encontrar a proposta mais viável para ambas as partes. Decisões unilaterais como esta não podem ser aceitas em um estado democrático de direito.

Fonte: Seção Sindical Sede

12:05:20

2018-01-31

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