A Diretoria Nacional do SINPAF publicou, nesta quinta-feira (22/6), edital de convocação de assembleias nos dias 26 e 27 de junho, para a categoria deliberar sobre a adesão àgreve geral chamada pelas Centrais Sindicais para o próximo dia 30 de junho e também para informes sobre o ACT das empresas e para transformar a Assembleia Geral Extraordinária em permanente.
POR QUE FAZER GREVE GERAL NO DIA 30/06?
1- Porque a classe trabalhadora vive um dos momentos mais críticos das últimas duas décadas e a pressão e o clamor popular nas ruas ainda é, nesse instante, a nossa melhor forma de protesto; 2- Porque a nossa categoria e as empresas da base do SINPAF não vivem isoladas do mundo e estão em risco, assim como nossos empregos e nossos direitos trabalhistas.
3- Porque o atual governo, assim como os anteriores, está atolado em corrupção. Mesmo com total descrédito, o governo está trabalhando para o desmonte do Estado, das empresas públicas e para retiradas de direitos alcançados em quase um século de luta dos trabalhadores;
4- Porque nas próximas semanas ocorrerão eventos importantes para toda a classe trabalhadora, inclusive para a nossa categoria, como as negociações dos Acordos Coletivos (ACT 2017-2018) das nossas empresas e a votação dos novos relatórios da reforma trabalhista, no Senado Federal.
QUAL A RELAÇÃO ENTRE ACTs E REFORMA TRABALHISTA?
A reforma trabalhista, caso aprovada, alterará a forma de negociação coletiva e será mais prejudicial aos trabalhadores, pois poderá prevalecer o negociado sobre o legislado, mesmo que a condição não seja favorável ao empregado. Hoje, isso só seria possível se o negociado fosse benéfico para o trabalhador. Essas mudanças, caso aprovadas, poderão atingir, inclusive, as atuais negociações coletivas dos empregados públicos.
EXISTEM RISCOS DE ADESÃO À GREVE?
SIM. A manifestação por meio de greve é um direito dos trabalhadores, garantido em lei, e o trabalhador não pode ser penalizado por fazer greve, desde que haja cumprimento dos dispositivos legais. Porém, o desconto do dia não trabalhado (dia da greve) não é uma penalidade, e sim um direito da empresa de fazer o desconto quando não houver prestação de serviço.
A perda de um dia de trabalho é uma possibilidade real. Entretanto, é importante que cada trabalhador reflita sobre o atual cenário de retrocessos e se lembre de que, no passado, muitos companheiros perderam, inclusive, suas vidas para que pudéssemos ter alguns dos direitos que usufruímos hoje, como décimo-terceiro, férias, carteira assinada, planos de saúde e outras conquistas históricas dos trabalhadores.
TER UM DIA DE SALÁRIO DESCONTADO VAI AFETAR SEU BOLSO?
Essa resposta cabe a cada um e ninguém é obrigado a abrir mão de um dia de trabalho. Porém, talvez seja importante avaliar se não vale a pena perder um dia agora, na tentativa de barrar uma reforma que certamente tirará vários de nossos direitos depois.
A GREVE É PARTIDÁRIA?
NÃO. Esse pensamento é reflexo da persuasão do governo e da mídia, que tentam diariamente confundir a sociedade e desqualificar o movimento sindical. “O SINPAF não tem bandeira partidária, respeita a pluralidade política da nossa base e desaconselha qualquer manifestação em defesa de partido político nas nossas manifestações”.
FRASES DA CATEGORIA:
“Hora de sair da falsa zona de conforto. Não podemos imaginar que conseguiremos proteger apenas nossa árvore em meio ao incêndio da floresta”
“No imaginário de vários empregados, nós vivemos em uma ilha de prosperidade e nada do que está acontecendo é com a gente. Ledo engano, pois o desmonte de nossas empresas está a cada dia mais evidente”.
Fonte: DN
19:37:58
2017-06-22