Paralisação de trabalhadores atrasa e cancela voos em aeroportos

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A paralisação dos trabalhadores da aviação tem cancelado e atrasado voos nos três aeroportos de São Paulo: Congonhas, na zona sul da capital, Gru-Airport, em Guarulhos, e Viracopos, emCampinas. A interrupção dos serviços ocorreu entre as 6h e as 7h desta quinta-feira e teve a participação de aeroviários que trabalham em solo como agentes de atendimento, mecânicos e operadores de equipamentos, e aeronautas, que são pilotos e comissários.

De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Congonhas registra 12 voos cancelados e 12 atrasados entre os 37 que estavam previstos desde o início da paralisação até as 8h. Viracopos teve quatro cancelamentos entre os dez voos previstos. A assessoria de imprensa do Gru-Airport informou que a Polícia Militar foi acionada para garantir a segurança de todos durante os protestos. Esse aeroporto ainda não divulgou o balanço atualizado de cancelamentos e atrasos. Há previsão de efeito cascata nesses aeroportos para os próximos voos.

A manifestação também atinge o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, no Paraná; o Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília; o Aeroporto Internacional Hercílio Luz, em Florianópolis, Santa Catarina; o Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul; o Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, e o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, em Belo Horizonte, Minas Gerais.


A assembleia dos trabalhadores está marcada para as 15h de hoje. As categorias pedem reajuste de 8,5% nos salários e benefícios, além de reivindicar questões ligadas ao gerenciamento de risco do cansaço dos tripulantes e à segurança de voo.

Segundo decisão do ministro Barros Levenhagen, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), os grevistas devem manter, no mínimo, 80% do serviço durante a paralisação, inclusive no horário das 6 às 7h. A multa diária em caso de descumprimento é R$ 100 mil.

O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) argumenta que a paralisação, durante a alta temporada de viagens, pode trazer prejuízos irreparáveis ou de difícil reparação para os usuários do transporte aéreo. O Snea sustenta que a paralisação é ilegal por ter sido deflagrada sem o esgotamento das tentativas de negociação.

Entre as reivindicações dos aeroviários estão a criação de piso para agente de check-in, vale-refeição de R$ 16,65 para jornada de trabalho de até seis horas, de R$ 22,71 para os demais, seguro de vida no valor de R$ 20 mil, cesta básica de R$ 326,67, além de jornada de trabalho de 36 horas semanais. Os aeronautas pedem, ainda, a definição de valores para as diárias internacionais, o fim do teto para o vale-alimentação, o pagamento para jornadas semanais acima de 44 horas, aumento de folgas mensais, a limitação de trabalho em madrugadas consecutivas, remuneração das horas de solo e o plano de previdência privada.

Santos Dumont

O Aeroporto Santos Dumont registrou quatro voos cancelados e quatro atrasados, dos 14 previstos até as 7h desta quinta-feira. O Riogaleão-Aeroporto Internacional Tom Jobim teve dois voos atrasados, dos 14 previstos até o horário. As informações são da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

Aeroviários e aeronautas fizeram uma paralisação de uma hora, das 6h às 7h, em todos os aeroportos do Brasil. As categorias reivindicam reajuste de 8,5% nos salários, além de questões como melhores escalas.

Fonte: Valor Econômico

09:56:03

2015-01-22

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