15 MINUTOS – SINPAF e trabalhadoras pedem à Embrapa retomada das negociações com a SEST

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Na tarde desta segunda-feira (27/3), a Diretoria Nacional do SINPAF e um grupo de mulheres, convidadas pelo Sindicato, reuniram-se com a diretora Administrativa da Embrapa, Vânia Castiglioni, para cobrar a retomada das negociações da empresa com a Secretaria de Coordenação e Governanças das Empresas Estatais (Sest), sobre a supressão da exigência do intervalo intrajornada de 15 minutos para as mulheres, previsto no artigo 384 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

O presidente do SINPAF, Carlos Henrique Garcia, solicitou que a retomada da negociação dos 15 minutos seja imediata e que a empresa não espere a mesa do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT 2017-2018), conforme havia proposto. “A pauta de negociação do ACT é extensa e muitas vezes sua negociação é levada à exaustão. A tendência sempre é se arrastar além das expectativas e essa provável demora acarretaria às mulheres um nível ainda maior de estresse e indisposição. A solução para esse problema deve ser encontrada com urgência para ser contemplada em Termo Aditivo, ressaltou Carlos.


DEPOIMENTOS – Durante a reunião, diversas mulheres também questionaram o por que a diretora Vânia recusou a proposta da Sest, de redução de jornada com redução de salário, e não levou a sugestão para ser deliberada pela categoria.

Para Viviane Villalba, da Embrapa Produtos e Mercado, de Campinas/SP, mãe do pequeno Téo de seis meses, que também participou da reunião, “se houver a proposta da Sest novamente, de redução de jornada e salário, eu e outras mulheres devemos ser ouvidas. Tempo com meu filho não tem volta e não tem negociação. Dinheiro tem”.

Segundo Vânia, “quando a Sest falou em reduzir salários, eu cortei o assunto por ali mesmo porque achei que estava defendendo as empregadas. Achei que estava fazendo o melhor possível em defesa das trabalhadoras”, disse.

Lea Chapaval, da Embrapa Pecuária Sudeste, de São Carlos/SP, ela descreveu o quanto é constrangedor para as empregadas pedir a todo momento para o chefe da unidade fazer a inclusão de justificativa na folha de ponto por não ter registrado os 15 minutos. “É uma situação constrangedora. É uma rotina enfadonha correr todos os dias para registrar esses 15 minutos. A urgência para resolver esse problema é grande”, destacou.

Outro exemplo, foi da Valéria Queiroz, da Embrapa Milho e Sorgo, de Sete Lagoas/MG. “Tem um casal de colegas na unidade que deve 10h no banco de horas. Se for pagar meia hora por dia, ele pagará tudo em 20 dias. Ela, porém, por causa dos 15 minutos, teria que ‘gastar’ 40 dias para pagar as mesmas 10 horas”.

MPT – Está marcada para hoje (28/3), às 15h30, no Ministério Público do Trabalho (MPT) uma reunião com o subprocurador geral Ricardo José Macedo de Britto Pereira, a diretoria do SINPAF e as trabalhadoras. O presidente Carlos Garcia também convidou a Embrapa para participar do encontro.

Após essa reunião, o SINPAF entregará um documento à Embrapa solicitando a retomada das negociações.

Fonte: DN

07:49:01

2017-03-29

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