SINPAF PRESSIONA, MAS EMBRAPA RESOLVE DEIXAR MAIS DE 9 MIL TRABALHADORES SEM VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE

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No último dia 18 de abril, a Embrapa enviou carta ao SINPAF na qual justifica que não vai promover a vacinação dos seus mais de 9 mil trabalhadores contra a gripe devido contingenciamento de despesas imposto pelo Governo Federal em 2016. O esclarecimento foi prestado após cobrança do sindicato para a Campanha de Vacinação gratuita contra a gripe.

Demonstrando total descaso com a saúde do trabalhador, ainda mais com o surto viral disseminado no Brasil, a empresa alega que orientou às unidades da Embrapa para que promovam parcerias para a imunização de forma que os empregados tenham descontos no atendimento, que deverá ser prestado de forma particular.

Dessa forma a empresa devolve a bola para o bolso do empregado, já que o próprio Guia Prático da Embrapa – que descreve os benefícios oferecidos aos empregados – inclui a Campanha de Vacinação contra a Gripe gratuita, em parceria com a Casembrapa. Mais do que isso, a própria publicação da Embrapa afirma que o objetivo da campanha é “elevar a qualidade de vida do empregado e diminuir os impactos econômicos, tanto para o empregado quanto para a Empresa, ocasionados pela gripe”.


Outra opção que a empresa descreve na carta enviada para o SINPAF é que a Embrapa incentiva a divulgação da Campanha do Governo Federal, que tem como público-alvo crianças de seis meses a menores de cinco anos; pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores da saúde; povos indígenas; gestantes; puérperas (mulheres até 45 dias após o parto); população privada de liberdade; e os funcionários do sistema prisional.

Essa explicação da empresa aparenta “encher linguiça” já que, obviamente, a campanha do Ministério da Saúde, de acordo com o público descrito acima, não atende a maioria dos trabalhadores da Embrapa.

Histórico

A vacinação sempre foi realizada em todas as unidades da Embrapa espalhadas pelo Brasil. Desde 2011, a Casembrapa vem custeando integralmente a vacina, sem o ressarcimento da empresa, além do que os recursos da vacinação não tinham previsão legal no orçamento do Plano de Saúde.

Conforme alegada à época pela direção da Casembrapa, a suspensão da vacinação ocorreu devido apontamentos da auditoria interna do plano que questionava a legalidade do custeio e recome4ndou a adoção da Resolução Normativa nº 264 da Agência Nacional de Saúde (ANS), que dispõe sobre a Promoção de Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças.

Em 2015 a Embrapa também negou custear a campanha devido à impossibilidade orçamentária e ao tempo hábil para resolver o problema, situação essa que não é justificativa para este ano.

Fonte: DN

17:55:25

2016-04-30

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