CARTA PÚBLICA À DIRETORIA NACIONAL DO SINPAF
Os trabalhadores e trabalhadoras da Seção Sindical Florestas, reunidos em assembleia realizada no dia 12/12/2017 (doze de dezembro de dois mil e dezessete) deliberaram, por unanimidade dos presentes, encaminhar essa carta pública à Diretoria Nacional do SINPAF.
O objetivo é questionar a condução de todo o processo de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para os anos de 2017-2018 pela atual Diretoria nos pontos descritos a seguir.
Em nosso entendimento, o desenvolvimento da negociação foi mal conduzido e restrito a conversas de escritório, deixando de lado um componente importante que nos garantiria maior peso nesse processo: a capacidade de mobilização em âmbito nacional, através de atos ou protestos unificados e dirigidos pela Diretoria Nacional do SINPAF e organizados localmente pelas Seções Sindicais.
Alegar que estamos em uma conjuntura difícil com o atual Governo Federal explica certas dificuldades, mas não justifica o não uso de recursos políticos, financeiros, humanos, etc. do sindicato na busca de um melhor acordo para a categoria.
A Presidência e os Diretores da Embrapa sequer foram chamados à mesa de negociação, sequer foram pressionados ou incomodados. Pela primeira vez na história do SINPAF não foi feita nenhuma mobilização, nenhuma pressão, nenhum ato de protesto.
Isso fez com que chegássemos às rodadas de negociação quase sem nenhum peso, nos impossibilitando de almejar um cenário que nos possibilitasse um Acordo Coletivo digno dos anos anteriores, onde o SINPAF, mediante os então diretores nacionais, foram hábeis e competentes para obtermos melhores resultados no transcurso das negociações.
Mesmo a atual Diretoria Nacional se fazendo valer de negociações de escritório, estas aparentaram extremo amadorismo, ao se omitirem de utilizar os mais variados recursos possíveis: uso de dados e informações para se contrapor as informações da empresa, uso de pedidos de informação junto a outros canais oficiais (Controladoria, Ministério Público, TCU, etc.).
A Diretoria Nacional do SINPAF transmitiu ao conjunto dos filiados e da categoria, um ar de subserviência a direção executiva da empresa no processo negocial. O tamanho do ACT 2017-2018 que se aproxima, com a perda de direitos historicamente conquistados com muito compromisso e luta, evidencia o tamanho do pouco empenho de recursos financeiros e físicos, da pouca competência em geri-los e da grande passividade assumida pela Diretoria Nacional nas tratativas desse Acordo.
Um sindicato nacional do porte do SINPAF, com 28 anos de história, não pode e não deve abrir mão da sua capacidade de lutar e de utilizar todos os seus recursos disponíveis, de forma competente, ética e legal, para obter um Acordo Coletivo digno e justo para toda a categoria.
SÓ A LUTA NOS GARANTE!!