Embrapa subverte a moral social

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Conforme NUP 99937000139201544, em resposta a pedido de informação enviado para Seção Sindical de Sete Lagoas, a Embrapa possuía, em 2015: 1.097 empregados que ocupavam cargos em comissão, funções de confiança ou funções gratificadas, o que correspondia a 11,23% do quadro de pessoal.

Em fase de negociações do ACT 2017/2018, por meio do informativo “Todos.com”, a empresa divulgou que são gastos R$ 13 (treze) milhões de reais por ano com pagamento de adicionais de insalubridade.

A Embrapa propõe incluir cláusula no ACT para pagar os adicionais de insalubridade de acordo com o salário mínimo.


Diante da proposta da empresa ficam as dúvidas:

Quanto a Embrapa gastou, em 2016, com o pagamento da remuneração dos cargos comissionados e funções gratificadas?

Quanto a Embrapa gastou com condenações por descumprimento de decisões judiciais e também pela demora em quitar ações trabalhistas (juros e correção monetária)?

Quanto a Embrapa gastou, em 2016, com o pagamento de multas por decisões administrativas equivocadas?

A Embrapa, no informativo “Todos.com”, divulga ser uma empresa preocupada com a saúde dos empregados. Em quantas inspeções o Ministério Público do Trabalho interveio na Embrapa nos últimos 5 (cinco) anos? A Embrapa descumpre cotidianamente a lei!

Diante da proposta da Embrapa que visa diminuir os gastos com o pagamento dos adicionais de insalubridade dos empregados que “vendem a saúde”, percebemos a inversão de valores na empresa. Enquanto a transparência dos processos é limitada, milhões de reais vão para o “ralo” por má administração.

O que dizer de gestores que, lotados em salas climatizadas, pretendem diminuir o pagamento de empregados que trabalham com vísceras de animais, fezes, produtos químicos de alto impacto para a saúde humana? Uma vergonha!

Será que estes gestores conhecem a realidade do empregado lotado nas Unidades Descentralizadas, em Campos Experimentais, que trabalham em ambientes com sensação térmica de mais de 50º C?

Certamente existem gastos inapropriados na Embrapa, todavia, é razoável dizer que os gastos para comprar a saúde dos trabalhadores representam valor insignificante em relação ao orçamento anual da empresa. Os gestores da Embrapa precisam colocar “o dedo na ferida” em vez de atacar o direito dos empregados de receber uma contrapartida pelo risco à saúde!

Vamos trocar o sapato engraxado pela botina? Devemos lembrar que a atividade da nossa empresa é a agropecuária. Não é explorando os trabalhadores do campo que a Embrapa modificará seus paradigmas.

10:53:52

2017-07-28

Diretoria do SINPAF de Sete Lagoas.

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