Na manhã desta sexta-feira (1º/12), dirigentes do SINPAF participaram da primeira reunião unilateral no Tribunal Superior do Trabalho (TST) sobre o Acordo Coletivo 2017-2018 dos trabalhadores da Codevasf. O juiz mediador do processo, Rogério Neiva Pinheiro, apresentou a proposta de manter parte das cláusulas sociais e levar somente o índice financeiro para julgamento do tribunal, porém, com perdas de cláusulas para os trabalhadores.
As cláusulas exigidas como contrapartida pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estais (Sest) foram as seguintes:
– Auxílio Creche/Pré-Escolar (Cláusula décima): ajuste de redação no texto dessa cláusula para reduzir, de 7 para 5 anos, a idade dos dependentes que recebem esse benefício.
– Vale Cultura (Cláusula décima segunda): A Sest pediu a exclusão dessa cláusula, alegando que esse benefício é uma política de governo, que não está cumprindo o dever para o qual foi criado, o de oferecer cultura e lazer para os trabalhadores.
– Auxílio Refeição/Alimentação (Cláusula sétima): Para essa cláusula, a Sest propôs duas alternativas, para apenas uma ser escolhida. No entanto, as duas alternativas representam perdas financeiras para os empregados.
A primeira seria cortar o décimo terceiro auxílio refeição. A segunda, aumentar a participação financeira do trabalhador nesse auxílio, atualmente de 2%, para um percentual a ser negociado com mediação do TST.
É importante lembrar que o ACT 2017-2018 dos trabalhadores foi prorrogado pela Codevasf até a conclusão do processo de dissídio coletivo. Com isso, o pagamento do décimo terceiro auxílio refeição/alimentação deste ano está garantido na folha de pagamento.
IMPACTOS – De acordo com o presidente do SINPAF, Carlos Henrique Garcia, esse pedido da Sest, de sacrificar os empregados, é contraditório com as negociações ocorridas com a empresa, que já havia acordado as cláusulas sociais em mesa de negociação.
“O SINPAF rejeitou integralmente a proposta da Sest e aguardará, até a próxima semana, a reunião com a Codevasf, no TST, para tentar que a empresa retome o diálogo com governo e acate o pedido do Sindicato, de acordar todas as cláusulas sociais”, disse Carlos Henrique.
Fonte: DN
20:32:35
2017-12-02